sexta-feira, 3 de julho de 2015

Mas é assim mesmo

Um amigo me dizia sempre que a maior parte dos meus problemas se resolvem com a simples atitude de sentar a bunda na cadeira e estudar. Estudar antes era ler e saber reproduzir as informações em um texto ao menos coeso e organizado. Para isso ele e eu nos fartávamos em resumos, até hoje não sei outro método de estudar sem ser escrever aquilo lá que está tão bonito no livro nas minhas palavras tão desavergonhadas.

Mas diz a vida que um sinal de que você está ficando madura é quando a sua simples graduação baseada em resuminhos se transforma em textos e livros que você tem que estudar para criar alguma coisa em cima dessa coisa já criada. Desculpe se está confuso, mas é assim mesmo.

Não sei escrever textos acadêmicos. Os meus não passam de um amontoado de palavras que vez ou outra dá a sorte de ter sentido completo. Apenas um dos meus trabalhos da faculdade teve a nota que eu achei que merecia pelo esforço das horas de leitura e estudo – embora se somadas não dão metade das horas de procrastinação.

Agora as minhas tardes se resumem em ver como não consigo ligar os pontos do meu raciocínio e por isso uso da desculpa de buscar informação ou inspiração. Como não acredito em inspiração logo se vê como ando desesperada.

O fato é que nessas últimas semanas descobri canais sobre livros no youtube, coisa que eu nem sabia que existia, também estou me tornando especialista em chás e desenvolvi uma mania de ficar checando o email, o que é muito estranho uma vez que o keep in touch nunca foi uma das minhas virtudes.


Coloquei um prazo para eu terminar de escrever tudo o que tenho pra escrever, de forma que já o modifiquei duas vezes. Fico me perguntando se existe a possibilidade de alguém ter na sua genética a característica do deixar tudo para a última hora. 

Um comentário:

  1. Sinceramente não sei se a academia que temos hoje sempre foi assim ou se tornou nisto. O fato é que o embasamento teórico que recebemos para nos tornar bacharéis se torna insulficiente e chega frustar caso não tenha desenvolvido tbm a habilidade de associar, refletir e aplicar. A universidade do conteúdo é incompátivel com a universidade do pensar que é a vida fora dela. E já fora dela ou quase fora vemos o quanto é valiosa a nossa capacidade de pensar, criar e ser. Quanto a inspiração, ouvi uma palestra um tempo desses que dizia que é preciso ver a vida com poesia para que a beleza seja criada e percebida. Fica a dica ;)

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