Foi em 1964 que Dylan começou a nos alertar para as mudanças comportamentais e portanto iniciou uma conscientização sobre o que estava por vir,
sobre como as novas gerações iriam olhar o mundo de modo diferente que seus pais
e como nós - um monte de pessoas que precisam conviver umas com as outras e por isso nos organizamos em sociedade - iríamos experimentar padrões novos e
como iríamos nos cansar de sermos oprimidos pelo fantasma gigante denominado
sistema: o governo, a elite, o patrão, o branco, o rico, a religião, os
homens. E de como teríamos o direito de sermos nós, apenas nós.
Dito isso, está claro que Dylan na verdade escreveu e cantou sobre o início de uma utopia conscientizadora que ainda não chegou. E vejo que estamos anacronicamente, 51 anos
depois, ainda presos às verdades universais que ainda não foram devidamente
questionadas.
Crianças estão nesse exato momento sendo educadas por adultos que dificultam o entendimento do mundo e da realidade; na verdade, deveria ser mais simples: “and don’t criticize/ what you can’t understand”; ainda a preocupação em criticar o que não é semelhante é maior do que tentar compreender e ajudar. Nem tudo no mundo é sobre nós, existem os outros e tudo o que podemos fazer é deixar um ambiente acolhedor e sem ameaças para que todos possam ter oportunidades durante a vida, e mais do que isso, que tenham condições de notá-las.
É desesperador ver que ainda nos medimos pelo o que temos ou
aparentamos; 2015 e ainda somos apenas imagens – muito bem catalogadas, é verdade.
DOIS MIL E QUINZE, 51 anos após Dylan escrever sua música e
aqui onde vivemos, no pequeno planeta do Sistema Solar, ainda não se entende
sobre justiça, liberdade e, principalmente, solidariedade e compaixão.
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