Esses dias uma amiga, logo após o seu aniversário, teve que
se justificar no Facebook porque
ainda não tinha respondido todas as manifestações de suposto carinho que ela
tinha recebido - suposto carinho porque não sei qual tipo de carinho é esse.
Isso me fez lembrar que uma das razões de eu ter saído do Facebook, uns meses atrás, foi essa questão dos aniversários.
Eu não sou o tipo de pessoa que parabeniza todo mundo, eu
não me sinto à vontade em escrever para uma pessoa que mal conheço que desejo
toda a felicidade para ela. Porém, quando chegava no dia do meu aniversário, eu
recebia os recados de sempre e de pessoas que eu tinha visto anteriormente qual
era o dia do aniversário e mesmo assim não tinha me dado o trabalho de escrever
palavras simples de positividade. Esse fato me deixa com a consciência pesada
mas sei que não me revela uma má pessoa.
Por isso resolvi, entre outros irritantes motivos, deixar o
Facebook. E no final, passar o aniversário sem a rede social foi uma experiência
boa e nostálgica. É como na infância: os familiares ligando no telefone fixo. Ou, então, as amigas
da minha mãe mandando recados no Whatsapp (aliás, que memória a delas), amigos próximos enviando mensagens sinceras de quem realmente me conhece via Instagram e Whatsapp, ou amigos e familiares aparecendo em casa para celebrar essa data, mesmo que tenha sido numa quarta-feira.
Se é para seguir as modas, eu diria que foi um aniversário
minimalista, o qual serviu para me lembrar o que realmente importa, e me fez o
favor de resgatar esse contato humano que vira e mexe nos faz tanta falta.
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