quinta-feira, 29 de maio de 2014

nothing's gonna change my world

No documentário Good Ol’Freda, Freda nos conta sobre seu trabalho de secretária dos Beatles. Um dos trunfos da divulgação do filme é ressaltar, como é dito por uma das entrevistadas, que é uma história nunca contada antes, isto é, por Freda Kelly, e que talvez seja a última pessoa de uma posição importante a nos contar uma coisa nova sobre os Beatles.


Essa última alegação me deixou deprimida. Não, não, eu não sei todas as histórias dos Beatles que já foram contadas em inúmeros depoimentos, não, eu não tenho como objetivo de vida saber tudo sobre a banda. Mas acontece que mesmo eu vendo algumas coisas nesses 23 anos de vida, agora eu já vejo o Paul McCartney repetindo falas, odeio a frequência em que leio em letras garrafais o anúncio “a última entrevista de John Lennon”, ou de que os Beatles no começo eram em 5 e que o baterista não era Ringo.

Pois, eu gosto muito da combinação backstage e documentário, assim como gosto de juntar histórias. E nessa divulgação um publicitário me pegou de jeito. Me fez pensar no esgotamento do assunto. E, talvez, quando eu ficar velhinha, vou assistir sobre os Beatles em algum programa teen da tv e nem vou prestar atenção ou ficarei entediada.

Porque é nessa descoberta de historinhas que eu vivo os meus anos 60 e, até então, não fazia muita diferença o fim da banda, essa coisa forte do ponto final. Claro, eu não estava lá, tenho essa vantagem. Por isso me garantia em descobrir a história para me aproximar.

E agora, a simpática Freda me avisou que quase tudo sobre esse assunto já está no mundo, gravado, filmado e em edições bem confortáveis de se ver. E nem me sinto tão próxima e agora nem vejo mais vantagens em estar. Quero continuar a gostar de uma banda em que eu possa descobrir novidades, fazer associações de referências ou me emocionar em ver pela primeira vez a história de uma música. 

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